Chinelos...
Pequenos pés empoeirados se acomodam sob a grande classe verde...
Um olhar diferente, não é arrisco, mas é acanhado e curioso, modesto.
Uma solitária em meio a vários.
O que ela passou até chegar ali? Será que passou frio nestes dias passados? A ternura sempre me invade ao ver esses pés.
Noutra sala vejo jóias sem brilho, faixa no cabelo sem cor. Uma postura mais determinada, forte e vaidosa.
Surpreza para mim! Agora são duas... Sem conexões evidentes, mas quando dúvida é esclarecida mostra que há mais do que eu pensava. Há mais do que o rosa nos pés em comum as duas... Nos chinelos que as encaminham...
Não estão de pés descalços, estão vestidos pela poeira e pela determinação de querer algo que ainda nem sabem o que é.
Agora que o forte frio chega, os pés são cobertos. Os chinelos foram guardados.