Sou feita de puro leite por parte paterna, e grande impulsividade por parte materna. Talvez eu seja uma manteiga...
Hoje, navegando pela internet acabei lendo um pouco sobre “bode expiatório”.
Lembro durante a infância não entender o que era um bode expiatório, mas muitas vezes servir como tal... Ou por que era a menina mais arteira ou menos dissimulada e “treinada” do que as outras. Quando alguém quebrava algo era só esperar a Cilene ir embora e colocar a culpa nela, e assim, muitas vezes ao ir na casa de crianças da minha idade os brinquedos eram escondidos; e claro, como criança a única coisa que restava era correr e mais uma vezes eu era vista como menina “mal-comportada”. E se o brinquedo aparecesse quebrado no futuro, ainda sim era “incriminada”, pois sempre diziam que fugi a vista dos adultos e “cometi o delito” . Era uma excelente “bode expiatório”.
Vindo de crianças, até poderia ser admissível, pois muitas têm medo da punição de seus pais ao invés de respeita-los. No entanto é desde pequenos que formamos nosso caráter, e não acredito que quem se comportava assim perca esse hábito.
Contudo me surpreendo que depois de adulta sirva ainda de bode expiatório... Não entendo as razões, porém é mais fácil armar e colocar a culpa em mim, me usar de bode. Mas já aviso: prefiro ser uma cabrita, tipo Tieta do Agreste. Afinal quem precisa de um bode expiatório ou é por que disputa algo indusputável, ou é incapaz de assumir suas ações e ser responsável pelos seus atos...
Já cabritas são impulsivas e dão de cabeça ao invés de usá-la paranóicamente. Que bom ser cabrita, pois as cabritas são beneficiadas pela Tríplice Lei!